Quem disse que ser mãe é padecer no paraíso? Nestes últimos dias eu padeci foi no inferno mesmo!
Morar tão longe não significa só comidas, costumes, escolas, parquinhos, leis, etc, etc... diferentes, também existem muitos vírus e bactérias tão diferentes quanto todo o resto.
Nosso organismo super bem preparado as combate firmemente, salvo uma “diarréiazinha” aqui, outra ali, enquanto nos acostumamos (creio eu na minha propositada ignorância sobre o assunto).
Porém, quando se trata de um organismo de um baby de um aninho e seis meses, a coisa fica diferente.
Meu pequeno Hulk esteve internado três dias, com soro, e fazendo um monte de exames, por conta de uma diarréia interminável... E por estar “botando todos os bofes para fora”.
O que uma mãe como eu, nem um pouco nervosa e neurótica, faria numa situação dessas?
Chorar, chorar, chorar... Prometer que nunca mais vai levar o coitado para piscina, para comer batata frita, nem o biscoitinho de arroz que ele tanto gosta! Água mineral uma pinóia! Vou comprar a garrafa e ainda vou filtrar!
Esquece, isso é neurose pura... Deixa eu me compor!
Bem, ele ficou muito bem obrigado no hospital, quem ficou mal fui eu.
Tive que tomar paracetamol de 4 em 4 horas durante os três dias! Minha cabeça parecia uma garrafa de coca cola depois de ter rolado vinte degraus abaixo, prontinha para explodir!
Tive que tomar paracetamol de 4 em 4 horas durante os três dias! Minha cabeça parecia uma garrafa de coca cola depois de ter rolado vinte degraus abaixo, prontinha para explodir!
Mais uma vez, na minha tacanha ignorância, até uma bolhinha que eu via na mangueirinha do soro eu chamava a enfermeira.
Ela entrava no quarto já com uma cara de... “what happened THIS TIME?”
E eu olhava para ela, como quem não havia entendido sua expressão corporal e perguntava:
- There is a little bubble in the drip. Is that normal?
E ela me olhava mais sem saco ainda...
- What????? Don’t worry Mom, no bubble is going to kill your child! Maybe the diarrhea and vomiting YES!
E eu devolvi no bom e velho português, sorrindo e olhando para ela como quem diz "obrigado"... F.D.P.!!!!
O pior foi manter o Artur parado!
Ele queria andar pra lá e prá cá, só que não podia sair do lugar por causa do soro...
De vez em quando uma enfermeira pacientemente dava umas voltinhas com ele pelo corredor.
Ele passeava cantando e "falando" um idioma totalmente seu!
As pessoas perguntavam: "Que amor! Que idioma vocês falam? Vocês são franceses? (Eu não sei por que cargas d'água todos pensam que somos franceses!)"
- "ELE eu não sei, NÓS falamos português!
O Artur arriscou até uma dançinha! E fazia pose para a mamãe descabelada tirar fotos...
Não há nada melhor para uma mãe do que ver seus filhos saudáveis e felizes!
Ele passeava cantando e "falando" um idioma totalmente seu!
As pessoas perguntavam: "Que amor! Que idioma vocês falam? Vocês são franceses? (Eu não sei por que cargas d'água todos pensam que somos franceses!)"
- "ELE eu não sei, NÓS falamos português!
O Artur arriscou até uma dançinha! E fazia pose para a mamãe descabelada tirar fotos...
Não há nada melhor para uma mãe do que ver seus filhos saudáveis e felizes!
No final, as enfermeiras viraram my friends, elas são tão “orientalmente” calmas... E eu sou tão “ocidentalmente” agitada!
Saí até mais leve do hospital...